O perfil que exigimos foi de uma área plana ou com o mínimo possível de elevações e tenha o solo areno-argiloso (areia e argila misturados). Pesquisamos o histórico da área, para saber se houve problemas fito sanitários, e se foram utilizados herbicidas de outras culturas como os utilizados em pastagens.

A área escolhida foi no Recôncavo Baiano porque detêm o Terroir adequado para o plantio do fumo Brasil/Bahia. Se faz necessário deixar o solo mais solto, através da preparação mecanizada com arados, grade de arrasto ou hidráulica. Com esta preparação a planta obtêm um melhor enraizamento, permitindo uma maior absorção de nutrientes.

Fazemos a seleção das melhores sementes, utilizando um processo que denominamos como peneirado com a semente nua, juntando as mesmas com um material que gere volume e peso ao grão, pois ele é minúsculo, com o objetivo de minimizar as perdas.

Em seguida ela é semeada em um substrato próprio, aplicada em pitadas sobre uma bandeja dividida em células. Com a germinação das sementes e o surgimento das mudas, fazemos a seleção através do processo de repicagem, que consiste em manter uma muda por célula na bandeja.

Fazemos a demarcação das áreas, com os espaçamentos adequados. Selecionamos as melhores mudas e plantamos uma de cada vez manualmente.

Utilizamos uma adubação especifica para cada tipo de semente, utilizando adubos orgânicos e inorgânicos, as plantas que mantem Inflorescência, necessitam de mais nutrientes do que as capadas. O replantio se faz necessário por conta de mudas que ficam abaixo do padrão desejado.

Um dos cuidados é a retirada das folhas baixas, pois com isso geramos, uma melhoria no padrão de qualidade da planta. Fazemos as leiras para beneficiar o desenvolvimento da planta, melhorando o enraizamento e protegendo contra plantas invasoras.

Em sequência podamos as flores, para otimizar o desenvolvimento da planta, esta medida permite que todos os nutrientes necessários beneficiem preferencialmente as folhas.

O ponto ideal para a colheita é quando as folhas passam de verde para verde pálido. Quando as folhas atingem o ponto ideal de maturação inicia-se a colheita, primeiro colhendo as folhas, sendo duas de cada vez, de baixo para cima.

A altura da capação define a quantidade de aproveitamento, ou seja o número de folhas que serão colhidas na planta. A folhas colhidas são enfileiradas num tipo de fieira, marcadas com fitas e posicionadas na parte superior do galpão de secagem, para a retirada da umidade, através de ventilação e aquecimento, controlando a temperatura até o ponto desejado.

Capas: Após a secagem as folhas são organizadas em caixas transportadoras e são enviadas para a fábrica.

Fumo de enchimento: São enfardados em sacos de Calhamaço e transportados para fábrica, onde fazemos a classificação do fumo para avaliar se está dentro do nosso padrão de qualidade. Fazemos a conferência de peso e em seguida são encaminhados para confecção das pilhas.

Formação aeróbica das pilhas: As pilhas são construídas, considerando o comprimento, largura e altura adequadas ao nosso padrão, para facilitar o manejo das viradas, buscando um melhor resultado no processo da fermentação.

Virada das pilhas: Este processo consiste em realocação da pilha de uma base para outra, movimentando as do centro para as bordas e das bordas para centro e as de baixo vão para cima e as de cima para baixo. Repetimos o processo tantas vezes se faça necessário para chegar no ponto ideal, observando a temperatura e a umidade, registrando a temperatura diariamente. O nosso padrão de pico de temperatura fica em 50 graus, inicia na alta temperatura e no decorrer no processo diminui a intensidade e cuidamos da oxigenação. O processo das viradas das pilhas consiste na queima do cerol, liberação da amônia, uniformidade da coloração, buscando a fermentação ideal.

Formação anaeróbica: Repetimos o processo anterior, em vez de manocadas agora as folhas serão abertas depois de humedecidas. A classificação das capas são feitas de acordo com as cores e tamanhos, então, secamos e enfardamos. A classificação do enchimento é adicionado a destala.

Processo secundário: Prepara as misturas das folhas de fumo (blend), confecção dos charutos manualmente, colocação das anilhas e papel celofane, fabricação das caixas de madeira e controle de qualidade. A produção manual de charutos é feita atualmente da mesma maneira que era feita a mais de 100 anos, preservando a tradição deste trabalho artesanal. A habilidade manual das charuteiras é a característica mais importante do processo.

Classificação cromática: A classificação cromática se faz através de um profissional especifico para a função. Ele busca obter a mesma tonalidade de charutos dentro de cada caixa. Por isso, a classificação das folhas de fumo é fundamental, pois somente uma rigorosa classificação permite se obter sucesso nessa etapa.

Terminação: Os anéis são a identificação do charuto e enobrecem o produto por serem geralmente feitos com arte e requinte, Já a bolsa de celofane, além de proteger a capa do charuto, mantém o produto em conformidade por um período de no máximo 60 dias, fora do humidificador. Trata-se do início da produção da embalagem. Cada charuto é anelado individualmente para, em seguida, receber a proteção de celofane. Nessa etapa, cada charuto é analisado pela equipe de qualidade.

Confecção das caixas: Todas as embalagens de madeira são confeccionadas à mão, na própria fábrica. Em função disso, temos uma equipe de marceneiros qualificados para a execução dos projetos das caixas mais sofisticados. Nesse setor as principais tarefas são: o corte da madeira, a confecção das caixas, colação de fitas decorativas de papel em volta das caixas, marcação com ferro (gravação em pirografia), impressão a laser, colocação de adesivos e silkscreen.